quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Alimentação: Principais erros

Muitas vezes, os pequenos se recusam a comer, seja porque estão brincando e não querem parar, ou pelos argumentos “Não estou com fome”, “Não gosto dessa comida”. São muitos os motivos que tornam a hora do café da manhã, do almoço ou do jantar uma missão quase impossível.


Sabendo a importância da alimentação para a saúde, o bem-estar e a disposição das crianças, os pais tentam de tudo para que o filho deixe o prato limpinho, experimente novos alimentos e não recusem verduras, saladas e legumes. É, nessa hora, que podem acontecer alguns erros bem comuns cometidos pelos pais.

Um dos mais recorrentes é oferecer comida como recompensa. Pense em quantas vezes você ouviu da sua mãe ou avó que, se comesse toda a verdura, ganharia sobremesa? E quantas vezes você disse isso ao seu filhote? É normal querer estimular a criança a comer, porém, você já avaliou como pode estar sendo entendida essa “troca”? Seu pimpolho terá a impressão de que a verdura não é algo gostoso e que a sobremesa é o máximo. Sem contar que, dessa maneira, indiretamente, você acaba estimulando a antipatia do seu pimpolho pela verdura ou prato em questão.

Evite também os lanches fora de hora e não substitua as refeições. Todos nós sabemos que o ideal é fazer seis refeições por dia, mas, se você liberar um lanchinho extra, provavelmente seu filho irá rejeitar a comida que estará no prato mais tarde, afinal, ele não terá fome. Outra situação comum é substituir a alimentação pelo leitinho, o que é um erro. A criança deve, sim, tomar o leitinho diariamente, mas isso não deve acontecer no lugar das principais refeições – café da manhã, almoço e jantar.

Comendo com os olhos

A variedade dos alimentos e a apresentação dos pratos podem ser um grande segredo para a alimentação dos pequenos. Por isso, por mais que seu filho adore macarrão, por exemplo, evite servi-lo todos os dias. Estimule-o a experimentar novos sabores!

Todo mundo tem o direito de não gostar de algum tipo de comida, mas, para isso, é preciso degustar antes. Na hora de introduzir novos alimentos, que tal fazer um prato bem divertido?
O mais importante, sempre, é dar o exemplo. Afinal, não adianta você servir suco ao seu filho se, ao lado, você está tomando refrigerante. Por isso, policie também seus hábitos. Você, seu pequeno e a saúde dos dois só têm a ganhar.


Se seu filho persistir em recusar a comida, converse com o pediatra dele e tire todas as suas dúvidas.


sábado, 8 de junho de 2013

Meu filho tem constipação?

A constipação não é uma doença e sim um sintoma. Relaciona-se a um hábito intestinal alterado, identificado como:
Menor frequência de evacuações
Fezes mais duras e grossas
Dificuldade para evacuar (dor ou esforço)
Na constipação aguda, há mudança brusca do hábito intestinal que pode se relacionar a algum problema ou situação diferente que a criança passou ou está passando. Pode ocorrer quando ela está com febre, reduziu a ingestão de líquido ou alimentos ou começou a tomar algum medicamento (ex: antibióticos). A melhora tende a acontecer espontaneamente após a resolução do problema e o hábito intestinal volta ao normal.

A constipação crônica, por sua vez, é caracterizada como a mudança do hábito intestinal que dura mais do que oito semanas (2 meses). Pode estar relacionada a problemas no funcionamento e movimentação do intestino grosso e/ou dos mecanismos de evacuação, ou ainda, pode ser causada por problemas fora do intestino (doenças sistêmicas ou medicamentos).

Todo o alimento que é ingerido, forma um percentual de resíduo que não é digerido e nem absorvido no intestino delgado. Este chega ao cólon (intestino grosso) onde é compactado e fermentado por bactérias, formando o que é conhecido como massa fecal que caminha, lentamente, por todo o intestino grosso. Quando esse “bolo” chega ao reto, ocorre o estímulo para o reflexo de evacuação (sensação de vontade de fazer cocô). Quando a criança é pequena ela não consegue controlar esse reflexo.Isto passa a acontecer por volta dos dois anos de idade.

O hábito intestinal da criança e o aspecto das fezes vão depender do que ela come, do quanto ingere de fibras na dieta, de água, perfil de bactérias no intestino, como o intestino se movimenta e como está o controle para a evacuação (reflexo está adequado ou não).

Estima-se que cerca de 3% das crianças tenham constipação crônica.

É muito difícil caracterizarconstipação em lactentes (< 2 anos), porque é normal, que mesmo em aleitamento materno exclusivo, o hábito intestinal do bebê mude com o passar do tempo. No primeiro mês de vida, a criança faz várias vezes cocô mole ou até líquido durante o dia e em quase todas as vezes que mama.Com o passar do tempo, a frequência diminui e as fezes ficam mais formadas.

Quando se pode dizer que uma criança é constipada ?

Se ela apresentar pelo menos duas ou mais das seguintes características abaixo durante um período de, no mínimo, um mês para crianças menores de 4 anos e uma vez por semana, durante, no mínimo, dois meses para crianças maiores de 4 anos:
Duas ou menos evacuações por semana
Pelo menos um episódio de perda de cocô involuntária por semana (para quem já tem controle da evacuação)
Quando se percebe que a criança segura o cocô (tem medo de evacuar)
Presença de evacuações com dor ou que resultam em cocô endurecido
Presença de grande quantidade de cocô no intestino e reto
Eliminação de fezes volumosas que entopem o vaso
Como cuidar?
Mudança de comportamento – a criança deve tentar fazer o cocô todos os dias, em ambiente tranquilo e adequado. Isso é um treino importante para que ela se acostume a essa situação sem ter medo.
Remoção das fezes endurecidas do intestino – são utilizados medicamentos para que o cocô fique mais amolecido e saia mais facilmente.
Prevenção da retenção do cocô – orientar ingestão adequada de água e fibras, podem ser necessários medicamentos para deixar as fezes mais macias por algum tempo, como os laxantes.
Acompanhamento – toda a família deve estar envolvida no tratamento para que a criança se sinta segura e perca o medo de evacuar. Quanto mais treino e confiança maior a chance de sucesso no tratamento.
Se for diagnosticado algum problema de saúde relacionado à constipação o mesmo será tratado e só então se observa melhora dos sintomas.

Dúvidas comuns sobre alimentação complementar

Porque a alimentação complementar tem que ser introduzida aos 6 meses ?

Porque nessa idade a criança tem suas necessidades nutricionais aumentadas. Ela precisa de outros alimentos complementares e adequados à sua idade, além do leite materno para que não corra o risco de ter a temida anemia e a desaceleração do crescimento.


Porque quando se coloca a colher na boca do bebê ele empurra com a língua?

Na verdade isso é bem normal. É assim que ele mama. Coloca a língua para frente e puxa o leite do peito. Na mamadeira o mecanismo é diferente, mas ele também tem que colocar a língua para frente. Nas primeiras colheradas ele vai fazer isso mesmo. É comum até se atrapalhar um pouco, mas com criança tudo é muito rápido, em poucos dias ela aprende a usar a colher com facilidade.


Quando se oferece um alimento que a criança não aceita significa que ela não gosta ou tem algo que faz mal para ela?

Não é porque o bebê não come o alimento na primeira vez que se deve desistir. A criança precisa entrar em contato com aquele alimento – em diferentes preparações, dias, consistências – umas 8 a 10 vezes para se acostumar. Por isso é importante variar, para ele ir acostumando com tudo.

Quando não é possível preparar a alimentação do bebê, há problemas em se oferecer as papinhas prontas? Quando entrar com a alimentação da família?

Especialmente para bebês, na fase entre 6 a 10 meses, recomenda-se não se introduzir a alimentação dos adultos. A quantidade de sal, óleo refogado, tipo de alimento, quantidade de gordura, entre outros fatores, pode não ser saudável para uma criança que ainda é imatura (rins, intestinos, cérebro amadurecendo). Há recomendações nutricionais específicas para esses bebês que devem ser respeitadas para se reduzir o risco de desenvolvimento de doenças em curto e longo prazo. Nesse caso utilizar os alimentos específicos para bebês é melhor opção – realmente eles não têm conservantes, contém produtos naturais, sua composição é adequada para cada idade do bebê. Pode-se pensar em usá-los de forma isolada ou combinada com outros alimentos, na composição de um cardápio saudável. Isso é uma opção, também, quando é necessário levar alimentos para o bebê em passeios, viagens, consultas. É mais seguro do que manter alimentos preparados em casa fora de refrigeração – que podem rapidamente entrar em deterioração. A alimentação usual da família somente deverá ser oferecida a partir do primeiro ano de idade, desde que contenha pouca quantidade de sal e gordura e seja rica e variada na oferta de legumes e verduras em geral.


O bebê só quer mamar e não quer comer, o que fazer?

Essa é uma situação comum no começo da alimentação complementar. Há crianças que preferem mamar, mas elas devem ser estimuladas a provar os alimentos complementares. É importante que a família toda esteja segura e tire as dúvidas com o pediatra nessa fase. Cada criança se comporta de uma forma diferente – imprimi a sua personalidade desde muito cedo. É como aprender a andar, precisa de ajuda, cuidado e carinho para que ela entre e ultrapasse essa etapa tão importante. No começo é mais difícil, mas de repente ela deslancha. Aí é só alegria e satisfação.


Há algum alimento proibido para o bebê?

Todos os alimentos saudáveis estão liberados. Não se deve usar, especialmente nos menores de um ano, sucos artificiais, refrigerantes, café, alimentos com adição de açúcar (sacarose), salgadinhos, alimentos com adição de gordura hidrogenada, entre outros. Não é porque a criança está olhando um pacote colorido que ela quer comer ou beber o que tem dentro. Todos da família devem estar unidos para que ele tenha, nessa fase tão especial, uma alimentação cada vez mais saudável.


Deve-se continuar amamentando o bebê quando ele já come?

Sem dúvida, a criança que está sendo amamentada deve continuar. O aleitamento materno deve acontecer até dois anos ou mais. O tempo vai passando e os horários de “comida” e “mamada” vão ficando bem organizados. Ao final do primeiro ano de vida é comum a criança mamar umas 3 a 4 vezes ao dia e nos outros horários comer. Não é verdade que mamar no peito “vicia” e por isso a criança deixa de comer “comida”. É uma transição natural de comum acordo, sempre que possível, entre criança e mãe. Se a criança estiver recebendo mamadeira – fórmula infantil – o volume a ser ingerido, em média durante o dia, deve ser de 500 a 600 mL. Crianças menores de um ano não devem receber leite de vaca integral e não se deve adicionar alimentos que não são próprios ao bebê como açúcares, farinhas, mel, achocolatados, entre outros. Os cereais infantis enriquecidos são uma opção adequada e contribuem para melhorar a oferta de vitaminas e sais minerais. Converse sempre com o seu Pediatra. É ele quem mais entende da saúde do seu bebê.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Duvidas e Sugestões

Pessoal, estou abrindo este espaço, para que voces possam sugerir algum tema ou alguma dúvida, que eu possa esta postando aqui futuramente, ok

Abraços até mais...

Walter Nunes Hitzeschky

"Vamos cuidar de nossas crianças"

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Alimentação: Grupos de Alimentos

Aqui esta alguns alimentos que podem ser usados nas papinhas salgadas:

Cereais e tubérculos:

- Arroz, macarrão, mandioca (macaxeira), batata, batata-doce, cará, inhame. fubá, aveia, farinha de milho.

Legumes:

- Abóbora (moranga ou jerimum), beterraba, cenoura, abobrinha, brócolis,chuchu, abobrinha, couve-flor.

Folhas Verdes:

- repolho, espinafre, couve, alface, escarola, folha de beterraba, folha de brocolis.

Proteína de origem animal:

- carne de boi, frango, peixe, vísceras (fígado), ovos.

Grãos:

- Feijões, lentilha, ervilha seca, soja, grão de bico.


Walter N. Hitzeschky

sábado, 2 de junho de 2012

Ausência (congresso)

Bom pessoal, no período de 06/06 à 09/06 estarei viajando para São Paulo para participar de um congresso de gastropediatria, sempre visando o melhor atendimento de voçês.

Por esta razão dia 06,07,08, nao haverá consultas, retornando normalmente dia 11/06 segunda...

Que vírus é este?, cuidado!!!

Bom pessoal, devido a grande quantidade de casos de gripes no consultório, resolvi postar este tema, que vem dando muita dor de cabeça para os pais. Há um tempinho atrás, não muito distante, quando a mãe com toda sua proteção e exagero (risos) chegava ao consultório dizendo que seu filho estava 30 dias gripado, surgia um ar de desconfiança por minha parte, melhorando minhas perguntas descobria que a criança ficara 7 dias gripado, havendo uma melhora e após alguns dias vindo a piorar.
Hoje, é muito comum, a criança chegar ha 3 semanas com tosse produtiva, coriza, diminuição do apetite, perda de peso e como consequência, evoluir para piora e complicações como pneumonias, otites, faringites e todos os ites que acometem as vias aéreas superiores. E para piorar a situação, é grande os números de casos de vômitos e diarréias virais.
Caso isto esteja ocorrendo com seu filho siga as seguintes instruções:
1. Procure imediatamento seu pediatra;
2. Ofereça muito líquido,(água, sucos,soro,agua de côco, etc);
3. Evite dar guloseimas para seu filho;
4. Evite seguir conselhos de amigos, parentes, vizinho, farmacêuticos;
5. Leve seu filho para o Pediatra a cada 48 ou 72 hrs para uma reavaliação.
6. Eviter medicar seu filho, principalmente com a famosa amoxacilina, pois a mesma não mata vírus.

Bom, se voce esta nesta situação, estarei a disposição... espero que tenha ajudado.. Att.